sábado, 8 de junho de 2013

Carta de Marcella Martins, Santa Maria - RS, à Presidente Dilma


A carta abaixo vale para todos os políticos, de todos os escalões e partidos,  passados, presentes e futuros.


Engula o choro, presidente. Engula o choro ao falar da tragédia de Santa Maria. Engula o choro e todos os problemas desse país que nele estão escancarados. Engula, que o medo do segurança de ser demitido neste país é maior do que sua consciência de deixar as pessoas saírem sem pagar suas contas para não morrerem. Engula a soberba dos donos de empresa desta nação que não estão nada preocupados com pessoas como eu e até mesmo como a senhora, porque estão focados demais em lucrar, e preferem fechar as portas como numa câmara de gás a ter prejuízos. Engula a pressão que todos os seus funcionários sentem todos os dias. Engula que para arcar com seus altíssimos impostos, todos eles dão um jeitinho bem brasileiro de se desviar dos regulamentos e leis. Engula que os órgãos responsáveis por evitar que isso aconteça não funcionam. Engula que eles deixaram essa, entre tantas e tantas casas mais, funcionar sem licença. Engula que provavelmente alguém que também ganha pouquíssimo aceitou um suborno para que isso acontecesse. Engula que a senhora deu "é" sorte por ser apenas essa casa entre todos os tantos lugares que deveriam estar fechados, que caiu na boca da mídia. Engula a mídia que vai atacar com todo o sensacionalismo possível em cima das famílias que estão procurando celulares em cima de corpos para reconhecer seus filhos. Engula as operadoras que não funcionam e que provavelmente impediram uma série de vítimas a pedirem socorro. Engula que o socorro que chega para se enfiar em lugares como este, pegando fogo, cheio de corpos de jovens para serem resgatados, recebe um salário vergonhoso, com descontos ainda mais vergonhosos, e ainda assim executam um trabalho triste e digno antes de voltarem para a casa e agradecerem por seus próprios estarem dormindo.

Não, presidente. Não chore ao falar da tragédia. Faça! Faça alguma coisa. E pare de nos dar como exemplos uma série de catástrofes para tomar medidas idiotas que não valerão de nada alguns meses depois. Não se emocione. Acione! Acione a todos os órgãos públicos, faça uma limpa em sua maldita corrupção e devolva à segurança pública, às instituições sérias, aos professores, aos bombeiros, aos enfermeiros, aos seguranças, aos jovens, o mínimo de dignidade. Não faça um discurso. Mude o percurso. Mude tudo porque estamos cansados de ver nossos iguais pegando fogo, morrendo afogados, morrendo nas filas dos postos de saúde, morrendo no "crack", morrendo, morrendo, morrendo, e tendo como última imagem aquela TV aos fundos anunciando o fim de mais uma bilionária obra de estádio de futebol.

Não, presidente. Desculpe, mas na minha frente a senhora não pode chorar. Não pode chorar sua culpa. Não pode chorar sua inércia. Não pode chorar no Chile, mas também não pode chorar em Santa Maria. Porque isso é muito maior do que só um acidente. Isso é muito maior do que só sua comoção. Engula o seu choro, presidente. O seu, o dos jovens que perceberam que não teriam mais o que fazer que não morrer, e em especial, o de seus amigos e familiares, que em um país como esse, não têm outra opção que não chorar. Engula o choro, presidente."

MARCELLA MARTINS

J. R. R. Tolkien e a Idade Média.



Resumo: Esta comunicação tem como objetivo apresentar as influências medievais nas obras de John Ronald Reuel Tolkien, (3 janeiro 1892 – 2 de Setembro de 1973) e como esse tipo de literatura pode influenciar o interesse das crianças e adolescentes  pela História, conhecido como J. R. R. Tolkien ele foi um escritor britânico, poeta, filólogo e professor universitário, no entanto, é mais conhecido pelas suas obras de ficção dentre elas O Hobbit , O Senhor dos Anéis e O Silmarillion. Tanto sucesso fez com que diversas opiniões fossem dadas sobre a obra, e alguns estudos acadêmicos também. Algumas ideias defensáveis, outras nem tanto, avaliações bem feitas, análises mal feitas ou superficiais. Como sempre, aliás, ao se pegar um apanhado de textos, seja qual for o assunto. Uma das associações que são realizadas com maior frequência em relação à obra do inglês é com a Idade Média: sua literatura, seus costumes, etc. Tolkien certamente foi inspirado pela Idade Média e especialmente pela literatura medieval – suas cartas confirmam isso. Menos: não é necessário ler as cartas para perceber isto. Basta apenas ler o livro e ver a trilogia dirigida pelo Peter Jackson. As fortalezas são inspiradas nas medievais europeias. A organização social parece-se muito com a de 1000 anos atrás. Os seres fantásticos nos remetem a lendas antigas: elfos, anões, dragões. Cavaleiros lutam para que suas terras sejam mantidas com eles. O filme muito contribui: o figurino, as armas, Bri, os barcos usados. Pode-se perceber então que sua mitologia criada em muito se tem base no período medieval. Enfim, a originalidade de Tolkien reside na combinação de apropriações do medievo com reflexões de um homem do século XX – e são essas considerações que constituem a parte mais importante do seu trabalho, que nos permite analisá-lo e criticá-lo.
Referências:
FANTHORPE, Lionel e Patrícia. Os Mistérios do Tesouro dos Templários e do Santo Graal os Segredos de Rennes-Lê-Château. 1ed. São Paulo, SP: Madras, 2006. 320p.
PASCHOAL,Alfredo. Templários História da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão. 1ed. São Paulo, SP: Madras,2006. 399p.
TOLKIEN, John Ronald Reuel. O Senhor dos Anéis. 1ª Ed. 5ª Tiragem. SP: Martins Fontes,2003. 1202 p.
TOLKIEN, John Ronald Reuel. Contos Inacabados. 2ª ed. SP: Martins Fontes, 2009. 585 p.
http://www.valinor.com.br/8390/ acesso em 01 de maio de 2013, às 11:28 horas.

http://www.valinor.com.br/7206/ acesso em 01 de maio de 2013, às 11:29 horas.
Por: Lucas Fernando Sousa Faria